sábado, 30 de junho de 2007

ursinhos e afins...


Não percebo, sinceramente já tentei mas não consigo perceber as MULHERES que adoram ursinhos de peluche. Que têm um quarto cheio desses "bichinhos" inúteis que elas dissem ser tão fofinhos. Ter um já não acho engraçado mas ok posso dar um desconto, mas adorar e deixar todos os amigos e familiares lhes dar em todas as ocasiões mais um para a colecção, tenham dó... Já são crescidinhas... Bom é verdade que eu sou suspeita sempre detestei ursinhos de peluche mesmo quando ainda tinha idade para isso.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

BOWLING... América



Ontem fui jogar bowling pela primeira vez, foi engraçado constactar que a minha ideia do bowling não se separa dos filmes americanos... alguns casais que calçam uns sapatos engraçados e ficam algumas horas a tentar fazer um strike. Eu é claro não fiz nenhum para além de ficar a última na lista da pontuação... Aqui têm um pouco dessa "cultura americana", aí também? É que durante os 30 anos que vivi em Portugal nunca me lembro de se falar nisso.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

ONTEM ESTIVE NA MANIFESTAçÃO


Ao contrário de Portugal o problema dos ilegais aqui é visto com muita seriedade, não necessariamente pelos políticos mas por um grande número de associações/organizações que se encarregam de lembrar aos políticos que este é um assunto a não esquecer. Existe na Bélgica um grande número de ilegais na sua maioria da Ámerica do sul e de uma série de países africanos entre outras nacionalidades menos significativas.

Esta manifestação foi essencialmente para mostrar ao grande público que a regularização não é clara e muito menos justa. Neste site http://www.quipeutrester.be/ podem ver a acção que participei à uns meses onde se pretende mostrar a aleatoriedade da escolha entre quem pode ficar e quem tem de ir... (caso não tenham reparado bem no cartaz sou eu a primeira a contar da direita, fazia de uma colombiana de 36 anos com 3 filhos)


Nunca se chega a saber como e porquê. Hoje quem tem direito a ficar pode ser um casal jovem com dois filhos nascidos na Bélgica que já vivem no país à 6 anos e amanhã um outro casal nas mesmas circunstâncias é colocado num "centre fermé" - Os centros fechados são um género de prisão temporária onde os ilegais resgatados pela polícia ficam durante o período em que aguardam o voo de volta para o seu país de origem. Quem está nestes centros não volta a sair a não ser para entrar no avião inclusive as crianças. Um pouco bárbaro, se pensarmos que estas pessoas, crianças e adultos só cometeram o crime de fugir à miséria, à fome, à guerra...


É verdade que já me torno um pouco "chata" com este assunto mas é algo que realmente me revolta. Sei obviamente que não podem ficar todos (com os 30, perdi um pouco da minha ingenuidade) mas acho que não podem permitir que familías inteiras vivam durante anos e anos nesta terra, que construam as suas vidas, que deixem de sonhar com um mundo melhor pois julgam já o ter alcançado e de repente... puf tudo desaparece...


quinta-feira, 31 de maio de 2007

Roubado de um qualquer hi5

"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim." Charles Chaplin
Não tudo acho, o factor sorte na vida também é muito importante...E começa por exemplo no país em que nasces, nascer no Ruanda, no Quénia, no Togo, no Senegal não é o mesmo que nascer na Bélgica, na Noruega, na Suiça... Estar em contacto com todas estas pessoas, as que provêem de países subdesenvolvidos fez-me mesmo pensar que nem tudo depende de nós e que realmente tenho tido muita, muita sorte na minha vida...

domingo, 27 de maio de 2007

Alguém escreveu

"O caminho mais seguro para chegar ao verdadeiro futuro ( pois também existe um falso futuro) é ir na direcção em que o teu medo cresce."
in diciorário Khazau

HOMENS...


Dizem que as mulheres são muito complicadas pois permitam-me que discorde. Para mim os homens, esses sim são muito complicados... Aproveitam a nossa fama e ficam eles mesmos com o proveito. Nós somos muito mais práticas, muito mais, não há que pensar tanto é melhor experimentar e se for preciso fazer outra vez...

Disfarçam-se de bons meninos, usam a máscara como desculpa "estou a salvar o mundo" e no final as salvadoras do mundo somos nós. Somos nós que conseguimos sorrir mesmo em situações de crise, somos nós que multiplicamos o pão mesmo quando não há farinha, somos nós que vivemos com a dor sem lembrar aos outros todos os dias que estamos a sofrer, somos nós que conseguimos que o sol brilhe mesmo quando o céu está coberto de nuvens, somos nós que com lágrimas demovemos até a maior das ameaças, somos nós que com uma boa semente fazemos crescer uma flor numa terra árida...

Somos nós, as mulheres as salvadoras do mundo...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Teatro de qualidade é realmente fantástico...



Kusten Festival des arts
Seagull - Play
Ontem fui ao teatro, de um vasto e realmente fascinante programa deste festival escolhi uma peça falada em português, um grupo do Rio de Janeiro. Para ver A Gaivota do Tchecov.
Mesmo depois de alguns séculos passados, A Gaivota continua a ser uma das peças de Anton Tchecov mais frequetemente representada, o que a torna logicamente um maior desafio. Como fazer diferente uma peça que já esteve centenas de vezes em cena?
Como disse Goethe: " Já tudo foi pensado. O difícil é pensá-lo outra vez..."
De qualquer maneira isso não pareceu assustar o encenador brasileiro Enrique Diaz, que como Tchecov "permite a vida e a arte confluirem-se uma na outra" . O resultado é "assombroso" uma grande peça com várias sequências "da peça", passado no tempo da peça e nos tempos de hoje. Actores que saem e entram repentinamente nos seus personagens, actores que trocam de personagens... A work in progress... cenas seguem outras cenas numa velocidade que até o espectador mais desatento não pode deixar de acompanhar. Um espectáculo fascinante, mais uma versão de A Gaivota, que nos leva a acreditar que a arte realmente não tem limites, que é sempre possível fazer mais e melhor... Obrigada á Companhia dos Actores do Rio de Janeiro, já tinha muitas saudades de ver teatro em português...
Esta companhia teatral tem já 16 anos de actividade contínua, e ao que parece são conhecidos por desenvolverem um estilo próprio, onde humor se mistura com uma estética arrojada e contemporânea. Enrique Diaz, decorem este nome...
Só é pena que em Portugal só nos chegam as peças brasileiras comerciais com todos os actores de novelas...
se quizerem ver o programa podem fazê-lo aqui:http://www.kfda.be/splash/langchoice.html