sábado, 15 de agosto de 2009

Home


Vi este filme à alguns dias e recomendo vivamente. Fala sobre coisas que felizmente a maioria de nós não desconheçe. Ou talvez deva dizer infelizmente, pois só o desconhimento justifica a incapacidade global de uma mudança de comportamento.

"Home" é como que um poema sobre a terra. Com imagens de uma beleza indiscritivel.
De Yann Arthus-Bertrand. Feito de tal forma que é impossível não penetrar até os mais cépticos. Uma obra-prima visual.

Espreitem, por mim, por vocês, pelo planeta...

domingo, 2 de agosto de 2009

[SeloValeaPena.jpg]
Este selo foi-me oferecido por A minha Essência, a quem agradeço muito.

Regras para receber o selo:

1) Exibir a imagem do selo, que acaba de ganhar.
2) Postar o link do blogue de quem a indicou (muito importante).
3) Indicar 10 blogues de sua preferência. Avisar os seus indicados (não esquecer) e publicar as regras.
4) Conferir se os blogues indicados repassaram o selo e as regras.
E os blogues escolhidos são os seguintes:

Incógnita no deserto
Outro palco
Lapsos do tempo
Cartas de amor e de ódio
roupa prática
ejc Oliveira
Waving Words
Experiências Inegualáveis
Tapa furos
Kumpanhia Algazarra


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sem tempo...

Quando se acorda às 6h00 da manhã, esta-se um dia inteiro a trabalhar com 10 "diabos" (pois é mesmo isto o que eles parecem) de apenas 3 anos de idade. Chega-se a casa sem força para mais nada, nem mesmo para escrever... O ritmo da vida real perdeu-se no tempo...

domingo, 19 de julho de 2009

TERRAKOTA...


Como é bom ver que afinal também conseguimos exportar coisas de qualidade. Como é bom ver que podemos ser conhecidos não somente como o povinho atrasado da ponta da Europa...

Desde que vivo na Bélgica já ouvi um pouco de tudo a respeito dos portugueses e de Portugal. Primeiro de tudo sempre que digo que falo português, recebo um grande sorriso e sempre a mesma pergunta mas com um tom de afirmação. "És brasileira?" Quando respondo que sou portuguesa, vejo sempre um sorriso que se esmurece...
Vou ouvindo, que somos muito arrogantes, broncos, quase terceiro mundo.
Que estamos bastante atrasados em relação à Europa, que fazemos parte de Espanha (isto ouvi de alguém do Chile). "Portugal ? Sim, falam espanhol". Que eu não sou bem o tipo de português que tem memória, que esse tipo vem sempre colado às mulheres da limpeza. "Portugal? Sim o país do Cristiano Ronaldo". Que o presidente da comissão europeia é português e que por sinal está a fazer um mau trabalho...
Mas bom, também há quem conheça Madredeus, Mariza, a eterna Amália, e não há quem tenha visitado Lisboa que não diga que é uma belíssima cidade.
E ao contrário do que pensava não são muitos os fãs do nosso vinho (talvez porque o que se encontra aqui seja diferente do que se vende em Portugal) preferem o vinho espanhol. O que se vende mais é o Mateus, considerado como vinho barato por isso mercado exclusivo dos estudantes. Conhecem o vinho do porto mas também não são grandes consumidores e quanto à gastronomia consideram-na básica, sem o mínimo de requinte... E é mais ou menos isto que tenho tentado desde que vivo aqui convencê-los do contrário como portuguesa orgulhosa que sou...

Isto tudo para dizer que fiquei bastante contente ao ver os Terrakota já pela segunda vez na Bélgica. O ano passado no festival Esperança (http://www.esperanzah.be/), e este ano nas festas da cidade onde vivo, Gent (http://www.gentsefeesten.be/eCache/DEF/1/495.html).

Parabéns aos Terrakota estão a fazer um excelente trabalho.

sábado, 4 de julho de 2009

Depois de 13 meses...


Recomeçar a trabalhar depois de pouco mais de um ano em casa.
Acordar cedo, acordar bem cedo ao som não do choro do bébe mas ao som do despertador. Olho, e torno a olhar e não tocou cedo de mais são 6h00. Lá fora já é dia e felizmente promete ter sol. Promete esconder o céu cinzento, e o frio que já me habituei nesta terra a norte de Portugal.
No comboio nada mudou a não ser os 20euros a mais no passe. Chegada a Bruxelas encontro no corredor até ao metro o mesmo senhor com as suas calças de fazenda, uma camisa apertada até ao colarinho, o mesmo bigode completamente fora de moda a segurar o mesmo copo de plástico na esperança que alguém lhe coloque dentro uma moeda. A mesma mulher que toca violino, com o mesmo cão deitado em cima de uma manta, com o mesmo letreiro que diz que também aceita cheques refeição. Quase a chegar ao metro a mesma velha, agora um pouco mais velha, um pouco mais pálida, sentada no mesmo lugar com os mesmos dois copos de plástico. Um com o seu café e outro para as moedas.
Já no metro o mesmo funcionário que junto à linha amarela diz quando já chega de gente dentro do metro, repetindo as mesmas palavras " atention, a la fermeture des portes". As mesmas três estações distanciam-me do destino, Schuman, a zona de concentração dos edifícios da comissão europeia que continuam iguais.
Os mesmos cheiros nas ruas, as mesmas pessoas na manhã com um ar quase que diria um pouco zangadas com a vida, e no fim do dia com um ar cansado e sobretudo apressado para chegar a casa. Jantar, ligar a TV, ir dormir e de novo recomeçar. Coitados, coitados de todos nós ...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Jackson, Michael Jackson...


Hoje acordei com a notícia da sua morte, confesso ter sido um choque. Apesar de nos dias de hoje já não ser sua fã, lembro-me com muito carinho dos tempos em que o era. Teria na altura uns 11 ou 12 anos, e uma das imagens mais fortes dessa altura foi quando um dia na casa de uma amiga também dessa altura, eu e a Paula "Jackson" (era como gostava que a chamassem) ao ver um video com um excerto de um dos seus concertos choravamos desalmadamente. Lembro-me também que a "dor" que sentia-mos era genuína, por isso acho que fiquei triste, pois antes e depois do Michael Jackson nunca mais "amei" alguém do mundo artístico como a ele. Na verdade simplesmente cresci e perdi este fascínio por os artístas acreditando que eles fazem parte do Olímpo. É um facto que algures no caminho ele perdeu-se deixando-nos a todos perplexos com tanta excentricidade.
Mas foram bons tempos, boas sensações, grandes emoções aquelas que ele me causou, por isso obrigada Michael Jackson...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Oitos dias em Roma...

Assim que saí do avião a temperatura assegurava-me que estava num país mediterrâneo. Primeira coisa a fazer é tirar o casaco e começar a entrar na musicalidade da lingua.
Ficamos muito bem instalados numa pequena residência chamada "Il Bollo" (foto 1) no vicolo del Bollo (foto 2) mesmo no centro da cidade. A cinco minutos da Piazza Navona que foi evidentemente depois de um jantar de pizza o nosso primeiro destino. Uma praça lindissima cheia de monumentos barrocos e alguns vestígios anteriores a isso, é no entanto uma praça com edifícios na sua maioria do séc.XIX. No dia seguinte visitamos primeiro o Castelo de Sant' Angelo (foto 3) que era o lugar de refúgio do Papa em tempos de guerra, ali mesmo ao lado fica então a Basílica de S.Pietro (foto 4) que é verdadeiramente impressionante, para quem quizer visitar mesmo se estiver muito calor não esqueçer que existe um "dress code" para lá entrar mini-saias, decotes e ombros de fora estritamente proibido. Entre mil outras obras geniais é claro que não passa despercebida a " La Pietat de Miguel angelo", (foto 5) também impressionante é o muro construído em volta de toda a cidade do vaticano.
Entretanto a ordem pela qual fiz as visitas já se perdeu na minha memória, é no entanto importante salientar coisas a não perder para aqueles que ainda não visitaram esta cidade onde é de facto possível passearmos-nos no meio da história, pois ela está em todas as ruas, em todos os becos, em todos os edifícios, em todos os monumentos, enfim por toda a parte... e é simplesmente maravilhoso.
Piazza del Popolo construída pelo magistrado Caius Flaminius, Pantheon,(foto 6) Templo Adriano do qual só resta uma parte da fachada, Fontana di Trevi (foto 7), simplesmente genial confesso que foi uma das coisas que mais me impressionou, pois todos já vimos dezenas de imagens desta fonte mas ao vivo ultrapassa todas as espectativas, é, é, sem palavras...O arco di Constantino (foto 8) , o coliseu (foto 9), para quem viu o filme "Gladiador" é fácil retroceder no tempo e imaginar como se movia a vida dentro dele. Visitamos também todos os seus foruns do qual só vimos uma parte porque é imenso. De qualquer forma é um sítio a voltar mas com um guia, pois mesmo com o nosso livro de bolso não é possível ter uma noção justa de tanta história. A caminho do coliseu passamos também pelo "Círculo Máximo" que agora é como um grande espaço relvado, mas que na altura era o local onde se praticavam os desportos, "La boca de la veritá", "Trinità del monti" a famosa escadaria dos grandes desfiles de moda, bom e todas as suas inúmeras praças...

Coisas a ter em atenção: se não conhecem a cidade ou se não falam fluentemente italiano o melhor é não andar de taxi, pois como em outras cidades os turístas são levados sempre pelo caminho mais longo; não apanhar transferes do hotel até aeroporto, paguei por um percurso de 10m 25euros; fazer-se acompanhar de um par de sapatos extra, extra confortáveis, as caminhadas dão cabo de qualquer bom pé, fugir dos pequenos almoços dos hoteis, apesar da gastronomia italiana ser deleciosa os pequenos almoços não são a sua especialidade. Nada de ovos ou salsichas, pequeno almoço são apenas bolos, o máximo é uma fatia de pão de forma com fiambre ou queijo. Cuidado com as motas "aceleras" existem às milhares a passearem-se pela cidade. Não visitar a Capela Sistina no verão, impossível, tanta gente que é quase uma heresia a velocidade com que se é obrigado a vêr esta obra-prima.
No entanto recomenda-se... I LOVE ROME...

terça-feira, 23 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Há coisas que se tem de fazer...


Ir a Roma e não visitar o coliseu é como ir a Londres e não comprar alguma coisa no mercado de Camden town, é como ir a Paris e não subir até ao último andar da Torre Eiffel, é como ir a Viena e não visitar o museu de Klimt, é como ir a Bruxelas e não ficar por alguns minutos no centro da grand place, é como ir a Lisboa sem beber um copo no Bairro Alto, é como ir a Agra e não visitar o Taj Mahal, é como ir a Amesterdão e não entrar num Coffee Shop, é como ir a Berlin e não passar no sítio onde estava o muro, é como ir ao Vaticano e não visitar a Capela Sistina, é como ir a Nova York e não se deixar contagiar pela energia nas ruas de Times Square, é como ir a Barcelona e não reconhecer a arquitectura de Gaudi, é como ir a Lisse e não ver os campos de tulipas, é como ir ao Cairo e não se deixar impressionar pelo tamanho das Pirâmides, é como ir a Sintra e não dar um passeio pela serra...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Importante...

As coisas que fazemos bem mesmo com interrupções nunca as devemos abandonar!

domingo, 7 de junho de 2009

Homens de ontem, homens de hoje, homens de amanhã...




A rotina...

Mesmo os casais mais apaixonados depois da fase das surpresas românticas constantes, depois das noites escaldantes sucessivas, depois das palavras doces diárias. Todos chegam á tão indesejada rotina, todos chegam ao fim da paixão e para os mais afortunados o princípio do amor.

E o que fazem os homens para a combater? Pareceu-me interessante refletir sobre isso, pois tenho conversado com algumas mulheres que se queixam do mesmo. Os jogos no computador!!
A verdade é que por momentos fiquei um pouco chocada pois o que estamos a falar não são crianças, adolescentes ou jovens, aqui fala-se de homens feitos, pais de família que passam horas em frente do computador na maioria das vezes a disparar incessantemente na esperança de matar os maus da fita que são também na maioria das vezes monstros terríveis. E onde isto nos deixa? Nos homens de hoje, pois os homens de ontem fugiam a ela, a rotina, indo divertir-se nos bordeis, nos bares beber copos, nos estádios ver futebol... mas pelo menos eram seres sociais, estavam em grupo, hoje fecham-se em casa, hoje estamos a cada dia que passa mais virados para nós próprios, para o nosso pequeno mundo. É pena...
O que será que nos reservam os homens de amanhã?


Recomendo-vos um filme brasileiro, chama-se ROMANCE, dirigido por Guel Arraes, com Letícia Sabatelle e Wagner Moura nos principais papéis. Muito bom, fala obviamente de amor. Descreve a rotina de uma forma leve e fácil de se apaixonar, fala de teatro, da vida de dois actores, de Tistão e Isolda... Vale a pena irem espreitar.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Recomenda-se...


Sem querer fazer publicidade mas já fazendo...
A lu recebeu este cd das tias e é mesmo um cd de embalar...
Com letras e músicas de Nuno Rodrigues e com essas vozes já bem conhecidas de todos.

Sublinho as músicas com a voz da Sara Tavares, lindas... uma voz que mais parece vinda do céu que canta para embalar os nossos anjinhos...

Para quem tem pequeninos recomenda-se.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A relatividade das coisas...

De volta a Portugal... Tudo o que queria era estar com as pessoas, ver todos os amigos, ver todos os familiares queridos, estar com a gente, sentir-lhes o cheiro, voltar a tocar-lhes a vida de perto...
Partilhar tudo o que a distância mesmo com uma linha de telefone e internet não permite mesmo fazendo-o diariamente com voz e imagem. E foi realmente fantástico poder ter este contacto directo corpo a corpo, que só uma proximidade física nos pode trazer. No entanto o que descobri foi de alguma forma chocante (talvez já o sabia mas nunca o tinha vivido de forma consciente) muitos desses amigos e familiares encontram-se quase com a mesma ou até menor frequência que eu, que vivo a uma distância de 2.000 km!! Muito bizarro... A distância é então como muitas outras coisas muito, muito relativa.
A verdade é que como muitas outras coisas, a distância, a falta da proximidade só nos atinge quando a vivemos na pele por isso quem a tem, ou pensa a ter como garantida, desperdiça esta tão preciosa e efémera conquista... e digo conquista porque a vida pode sempre nos trocar as voltas, e o que temos nunca é definitivo...